Direção Geral - Espirito Santo

a sétima taça

a sétima taça

Estudo do Apocalipse: a sétima taça

Nenhuma pessoa estará imune ao flagelo da cólera de Deus

 

"Então, derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar, e saiu grande voz do santuário, do lado do trono, dizendo:

Feito está! E sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a terra; tal foi o terremoto, forte e grande.

E a grande cidade se dividiu em três partes, e caíram as cidades das nações. E lembrou-se Deus da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho do furor da sua ira. Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados; também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento; e, por causa do flagelo da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo grande." Apocalipse 16.17-21

O juízo desta sétima taça é o que há de mais terrível até então. O profeta Isaías já havia profetizado o seguinte:

"Terror, cova e laço vêm sobre ti, ó morador da terra. E será que aquele que fugir da voz do terror cairá na cova, e, se sair da cova, o laço o prenderá; porque as represas do alto se abrem, e tremem os fundamentos da terra. A terra será de todo quebrantada, ela totalmente se romperá, a terra violentamente se moverá. A terra cambaleará como um bêbado e balanceará como rede de dormir; a sua transgressão pesa sobre ela, ela cairá e jamais se levantará.

Naquele dia, o Senhor castigará, no céu, as hostes celestes, e os reis da terra, na terra. Serão ajuntados como presos em masmorra, e encerrados num cárcere, e castigados depois de muitos dias. A lua se envergonhará, e o sol se confundirá quando o Senhor dos Exércitos reinar no monte Sião e em Jerusalém; perante os seus anciãos haverá glória." Isaías 24.17-23

A sétima taça da cólera de Deus é paralela, em quase todos os pontos, à sétima trombeta de juízo. Ambas envolvem a ira divina e o final dos tempos.

Também ambas anunciam relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e saraivada. A diferença mais marcante é a intensidade do terremoto.

Na sétima trombeta, o terremoto sacode a cidade de Jerusalém e mata sete mil pessoas, enquanto na sétima taça da ira de Deus o terremoto é em uma escala imensurável e nunca vista antes, desde a criação do ser humano.

Em virtude disso, a "grande cidade", isto é, Jerusalém, é dividida em três partes, enquanto que as demais cidades das nações caem. 

Nenhuma cidade das nações será excluída de ser atingida pela destruição e pelo caos. O que significa dizer que nenhuma pessoa estará imune a este flagelo da cólera de Deus.

Com este grande terremoto o planeta será transformado de tal forma que ocorrerão gigantescas alterações continentais. Acredita-se que através de grandes fenômenos físicos, tais como dilúvio, maremotos e terremotos, a Terra será deslocada do seu lugar original, formando assim divisões continentais.

A Terra, sacudida por este terremoto de proporções imensuráveis, irá se assemelhar à descrição do profeta Isaías, que diz: “A terra cambaleará como um bêbado e balanceará como rede de dormir..." Isaías 24.20

Acredita-se também que as grandes massas de terra se ajuntarão e formarão uma única porção seca. A observação de um mapa-múndi pode nos dar uma boa ideia disso. Se recortarmos os continentes e os juntarmos como um quebra-cabeça, perceberemos que eles são bem adaptáveis.

O apóstolo João descreve: "Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados.” (Apocalipse 16.20) É provável que as ilhas e os montes se fundam de tal forma, que toda a natureza esteja preparada para receber o reinado do Senhor Jesus, juntamente com a Sua Igreja glorificada, durante o Milênio de paz.

E este reinado de paz, que será estendido por todo o mundo durante mil anos, será estabelecido a partir de Jerusalém. O profeta Zacarias, profetizando sobre este dia, disse:

"Naquele dia, também sucederá que correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e a outra metade, até ao mar ocidental; no verão e no inverno, sucederá isto. O Senhor será Rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será o Senhor, e um só será o Seu nome." Zacarias 14.8-9

O "mar oriental" é o Mar Morto, e o "mar ocidental" é o Mar Mediterrâneo. Isso significa que Jerusalém se tornará uma cidade portuária. E o Mar Morto, conforme o profeta Ezequiel, tornar-se-á em água potável: "Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no mar Morto, cujas águas ficarão saudáveis." Ezequiel 47.8

Paradoxalmente às consequências funestas deste último e derradeiro juízo da cólera de Deus, temos a gloriosa volta do Senhor Jesus Cristo, juntamente com a Sua Igreja glorificada.

E isto vai acontecer exatamente na cidade de Jerusalém. O sentido espiritual e geográfico disto significa o seguinte: enquanto o forte e grande terremoto sacode todo o planeta, impondo destruição às cidades das nações de todo o mundo, o seu efeito sobre a cidade de Jerusalém será diferente.

Ela será dividida em três partes, como já vimos nas profecias. É muito interessante o fato de que em Jerusalém já exista uma divisão natural bem representativa: o Monte Moriá, o Monte Calvário e o Monte das Oliveiras.

O Monte Moriá representa o Deus-Pai, pois foi lá que Abraão ofereceu o seu filho Isaque, e também Salomão construiu o Templo do Deus de Israel. O Monte Calvário representa o Filho, porque neste lugar a maior prova de amor pela humanidade foi realizada: Deus entregou o Seu próprio Filho por nós.

Finalmente o Monte das Oliveiras - Monte da Unção - representa o Espírito Santo, pois o sumo do fruto da oliveira é o elemento que simboliza o Espírito de Deus.

Quem sabe se as três partes de Jerusalém não virão a ter o mesmo simbolismo da Santíssima Trindade durante o Milênio?

(*) Trecho retirado do livro "Estudo do Apocalipse", do bispo Edir Macedo